PENSAMENTO DE POBRE

Eu não escondo o meu direcionamento político e está claro que, na definição usual e não pessoal, sou de centro-esquerda; tá bom, vai lá, sou de esquerda.

Pessoalmente não me considero nem de esquerda nem de centro-esquerda. Sou uma pessoa que acha que a humanidade tem que ser mais... humana.

Eu vejo a politicagem mundial, isso mesmo, mundial. Qualquer pessoa crítica e coerente sabe que os políticos, até da Suécia, trabalham para o bem estar de uma minoria. 

(Meu Deus!!! QUI BURRO ESSE ZAÔR!! Os políticos da Suécia são um exemplo de idoneidade!!)

É meus amigos, até mesmo na Suécia. A diferença é que eles são um país minúsculo com uma população pequena e tudo lá rola em torno de uma economia que, minúscula em mercado consumidor, tem que se virar com o mercado externo, e este pessoal da Escandinávia faz isto como ninguém. Sendo assim, eles sabem que se abusarem da população todos acabam enforcados juntos. Então, tudo é mais parcimonioso.

Se considerarmos que 1 bilhão de pessoas vivem abaixo da linha da pobreza (fonte: http://www.dw.de/banco-mundial-considera-que-pobreza-global-foi-reduzida-%C3%A0-metade/a-15810596), podemos entender que há algo muito errado neste mundo. Isto porque estou falando de pobreza extrema. Observe os dados sobre as diferenças no mundo.


Os gráficos são da Credit Suisse’s 2011 Global Wealth Report.

Na minha cabeça é muito simples como funciona: PIRÂMIDE ECONÔMICA. (qualquer economista de araque sabe que isto não funciona)

Para se gerar riqueza em um canto do mundo tem que haver pobreza em OUTROS CANTOS.

Por que não me considero de esquerda ou centro-esquerda ou qualquer outro rótulo minimalista. Simplesmente porque não tenho nada contra existirem as grandes empresas, não tenho nada contra as pessoas serem recompensadas pelo seu trabalho, não tenho nada contra a diferença de ganhos. O que não consigo aceitar é que estas diferenças sejam astronômicas como é. Somos reféns de um sistema que privilegia poucos por méritos esquisitos. Não acredito que alguém mereça ser bilionário enquanto boa parte dos insumos utilizados para sustentar sua suposta genialidade sustenta a pobreza e diferenças sociais do nosso planeta.

Sendo assim, sou a favor da distribuição de renda. Não porque quero um mundo marxista e sim por que não aceito o rótulo de "humano" para um animal, que como todos os outros, só pensa em suas necessidades a revelia  do bem estar futuro de toda a sua espécie.

Devemos ser maior. Devemos deixar estas elucubrações econômico/financeiras e sermos mais práticos em prol da humanidade. Devemos deixar de ser egoístas e termos ideias do tipo: eu estudei, eu trabalhei, eu mereci, eu sei lá o que; para justificar o abismo que existe entre os que ganham mais para os que ganham menos. Devemos deixar de ser uma entidade que tem uma vida maravilhosa e mesmo assim só reclamar por desejos que só nos trarão prazer imediato e nunca a felicidade.

Eu não tenho nada contra a posse e o desejo de posse, o que eu tenho uma indignação pelo fato destas atitudes serem mais importantes que a própria humanidade.


Meu pai fala que minha visão é de pobre.

Realmente, se não aceitar que a humanidade tenha gente morrendo de fome para uma minoria ganhar dinheiro a rodo; é eu tenho pensamento de pobre.

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