Greve, cidadania, respeito e responsabilidade

Você já parou para pensar qual é a função de uma greve?

A maioria das pessoas que eu converso, encaram a greve de duas formas (infelizmente). Umas acreditam que a greve sempre é feita por um bando de vagabundos que resolveram tirar férias fora de época. Outras acreditam que é um complô para fazer as pessoas sofrerem enquanto os primeiros ficam descansando.

A impressão que tenho é que ninguém acredita que a greve é um processo organizado por força de uma ocasião onde trabalhadores estão com seus salários defasados.

A greve é um direito e, se bem empregado, deveria ser entendido por todas as pessoas, prejudicadas ou não. Eu sei que é meio difícil entender algo que nos prejudica e, muito mais difícil, é aceitar que algo que nos prejudica é essencial para que haja justiça na sociedade como um todo.

Quando as pessoas entendem que o social é mais importante que o individual, a sociedade acaba solucionando melhor os seus problemas e, indivíduos que hora são prejudicados, serão beneficiados em outro momento, isso é certo, ISSO FAZ PARTE DA CIDADANIA!!!

Então o que falta para que a cidadania entre em ação?

RESPEITO!!

As pessoas estão cada vez mais intolerantes e egoístas. Talvez aí esteja o mal do novo século. Pessoas que se respeitam aceitam limites pelo bem da convivência.

E como respeitar?

RESPONSABILIDADE!!

Acredito que as pessoas que sabem se responsabilizar pelos seus atos, sabem conviver melhor em sociedade. Quando temos a noção de que as nossas atitudes nos definem e, que para cada ato existe uma consequência, tudo fica mais fácil no convívio social.

Difícil é lidar com pessoas que agem como crianças mimadas e acham que toda a sociedade deve suportar suas atitudes à revelia do bom convívio social.

P.S. Você acha que eu sou a favor de greve? Depende...
        E você? Acha justo ser sub-remunerado?

Comentários

  1. Concordo TOTALMENTE contigo, Zaor querido!

    Parabéns, são poucas as pessoas que fogem do senso comum. E isso incomoda muuuuuita gente, porque, como dissestes, o individual acaba vindo na frente do coletivo.

    Gabrielle Stricker do Valle.

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  2. Caro Prof. Zaôr, a greve é um ato constitucional para reivindicar algo para o bem comum da classe que a executa. Porém, dependendo da classe, a moral, a ética e o respeito devem existir. Citando o exemplo da greve dos motoristas de ônibus em Curitiba. Eles não deveriam parar todos os funcionários e veículos, pois, fazendo tal ação eles estariam desrespeitando a um outro direito também universal previsto na constituição. O direito de ir e vir. Acho incorreto respeitar um item da Constituição desrespeitando outro. Deveriam ter permanecido com pelo menos 50% da frota e funcionários atuando para a manutenção dos direitos dos outros. Atenciosamente, Fabio Arimori

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    1. Fabio, o Jipo já deu metade da resposta. Quanto aos 50%... outro erro. O número certo é 30%. Até onde eu sei eles respeitaram esta regra só que 30% é um número muito baixo e significa um número de ônibus muito pequeno e, como não tem obrigação de horário, a distribuição destes ônibus durante o dia se torna extremamente diluída.

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    2. O 50% seria como uma sugestão minha. PELO MENOS 50%, e mesmo assim, ficaria desfalcado o sistema. Quanto ao direito de ir e vir. Não disse que ele fora vetado, quis dizer que ele fora restrito por causa da greve.

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    3. Cara...o mundo não é perfeito!! Infelizmente temos que abrir mão por um bem maior!! Todos nós temos que abrir mão!!

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  3. O direito de ir e vir nunca foi tirado. Você pode ir e vir livremente sem os ônibus. A greve não é cômoda para nenhum dos lados.

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  4. Depois de mais de 3 meses dessa greve, queria comentar que concordo que devíamos nos privar de algumas coisas para esse tal de bem maior, nesse caso tivemos que engolir muitos sapos para o bem dos motoristas e suas famílias, mas sempre acho que o mais importante é lembrar-nos de que somos seres humanos e nossa natureza"deveria" ser pensar no próximo antes de si mesmo, quando faz-se uma revolta, as pessoas tendem a fechar sua mente em busca dos objetivos próprios, esquecendo-se dos outros prejudicados que revoltam-se e podem até atrapalhar os objetivos da greve(tanto quanto ajudar, no caso, pressionando mais ainda o Sindicato das Empresas de Onibus), mas de qualquer forma isso gerou uma revolta nos inocentes que não sabiam o que fazer muito menos como chegar ao trabalho. Se ao menos o Sindicato dos motoristas tivessem pensado nos passageiros e deixado instruções, condições para que os passageiros não fossem afetados pela atitude precipitada que foi(e que são) a(s) greve(s)...

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    1. Este comentário é muito bom!! Ótimo ponto de vista. Organização é tudo!!

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